Segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o primeiro semestre de 2014 teve saldo positivo da geração de empregos em Bento Gonçalves. No período, o acumulado foi de 1.043 postos de trabalho e, nos últimos 12 meses, foram gerados 1.193 postos no município, um crescimento de 2,86%.

Apesar do bom resultado, os últimos dois meses apresentaram queda. Em maio, 18 postos foram fechados e em junho foram 126, o que representa um decréscimo de 0,04% e 0,29%, respectivamente, sobre o total de empregos formais. O Rio Grande do Sul também teve um pequeno decréscimo de 0,18%, enquanto no país houve um aumento de 0,06% na geração de empregos.

O mês que mais registou acréscimo foi fevereiro, com 618 postos abertos, representando um aumento de 1,46%.
Em janeiro e fevereiro, o setor da indústria de transformação foi o que mais abriu postos, mas desde março vem apresentando queda, sendo que no semestre foram fechados 344 vínculos. Enquanto que, no mesmo período, o de serviços foi o que mais abriu novas contratações, com 459 postos.

O presidente da Associação das Indústrias de Móveis do Estado (Movergs), Ivo Cansan, comenta que o resultado pode ser percebido no setor moveleiro. “Constatamos isso em várias indústrias de transformação e, dentro desse ramo, o moveleiro ainda foi o que menos demitiu. As empresas vêm fazendo o possível para evitar isso, dando férias, banco de horas, cortando turnos, etc, mas é uma situação complicada. Estamos numa realidade em que o consumo é menor e as famílias estão endividadas”, avalia.

Desde abril, a construção civil também passou a realizar mais contratações, mas o presidente da Associação das Empresas de Construção Civil (Ascon Vinhedos), Diego Panazzolo, afirma que o fato não tem relação com o momento de estabilização do setor. “Nosso ramo é mais peculiar, porque as contratações dependem da fase em que está a obra. Não é porque estamos demitindo que há uma crise. Agora estamos num período de estagnação”, explica.