A prefeitura municipal de Bento Gonçalves decidiu pela suspensão da utilização do caminhão de distribuição de água na cidade até que seja concluído o inquérito que apura as denúncias feitas. A resposta foi encaminhada ao promotor Alécio Nogueira, responsável pelo caso, na tarde de terça-feira, 23 de agosto, pelo procurador-geral do município. “Houve a suspensão do uso do caminhão para transporte de água até a conclusão do inquérito. Além disso, a distribuição está a cargo da Corsan”, afirmou ele.

Na semana passada, Nogueira havia estipulado um prazo máximo para a prefeitura realizar sua defesa. A data-limite era exatamente quarta-feira, 24 de agosto. O procurador-geral do município pegou o inquérito em carga e encaminhou a resposta antes do prazo-limite. Ainda segundo ele, o conteúdo da resposta está disponível na íntegra, na própria promotoria, para quem quiser realizar a consulta da matéria.

Escoamento feito pela mesma mangueira

De acordo com a denúncia apresentada pelo conselheiro municipal de saúde, Artêmio Riboldi, ao Ministério Público Estadual e Federal, um caminhão da prefeitura estaria realizando tanto a distribuição de água quanto o escoamento de esgoto. Mesmo com compartimentos separados, a mangueira utilizada seria a mesma, o que faz com que o uso do equipamento seja inadequado. Além disso, o caminhão apresentava condições irregulares, estando bastante sujo. A utilização do uso do mesmo caminhão foi comprovada, faltando apenas comprovar a destinação da água – se era para consumo ou não.

De acordo com a denúncia, a distribuição de água com o caminhão teria sido feita nos bairros Vila Nova, Vale dos Vinhedos, e também para comunidades indígenas que estão situadas nas margens da BR-470. A prefeitura, no entanto, nega que o abastecimento aos indígenas seja feito com esse caminhão. Além disso, a denúncia também aponta que a água do caminhão foi utilizada para a limpeza de peixes comercializados na Feira do Peixe Vivo.

Leia mais na edição impressa do Jornal Semanário desta quarta-feira, 24 de agosto