A Prefeitura de Bento Gonçalves deve lançar nesta semana o edital para terceirização das atividades do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), com o objetivo de deixar o atendimento mais eficiente e menos burocrático. Porém, na previsão da Secretaria de Saúde, a medida deve custar mais para os cofres públicos se comparado à forma como funciona atualmente.

O Executivo espera que a mudança seja implantada até o final deste ano e torne o serviço mais eficiente, uma vez que a manutenção ou compra de equipamentos deixa de depender do trâmite licitatório, tornando o processo mais ágil. Segundo o secretário de Saúde Diogo Siqueira, a ideia é realizar um teste para operacionalização total do serviço. “Nós vamos ter um controle melhor sobre o Samu”, prevê. O secretário aponta que o serviço deve funcionar por meio de uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) e Parceria Público Privada (PPP).

Sem mudanças para a população

Apesar da mudança na administração e aumento nos custos, Siqueira observa que a população não deve sentir mudanças na prestação do atendimento. “O Samu é um serviço que nós temos escalas, precisamos ter um médico coordenador, um plantonista, uma reforma rápida nas ambulâncias. Hoje um equipamento precisa entrar na burocracia normal, o que prejudica o processo”, ressalta.

Ele argumenta que as pessoas que utilizam serviços públicos não sabem qual funcionário é terceirizado e qual não é e isso não deve mudar com a terceirização. “Vai ser só uma mudança interna, com gestão especializada”, afirma.
Siqueira prevê que os custos da Prefeitura com o serviço devem aumentar, mas não precisou quanto o aumento deve representar aos cofres públicos. “Nós acreditamos que um pouco mais vamos gastar com isso, mas vamos ter um grande ganho. Hoje o custo já é grande e a terceirização vai oferecer tranquilidade jurídica para a Prefeitura”, observa. Ele pontua que o aumento não deve ser “absurdamente alto”.

A principal vantagem levantada pelo secretário se refere à diminuição da burocracia e agilidade que 0 modelo de gestão oferece. “Por exemplo, vai ser mais simples fazer uma reforma”, aponta.