Plantar esperança, trilhar novos caminhos e colher os frutos para um futuro melhor. Muitos destes pensamentos são difundidos diariamente pelos indivíduos na busca de melhores condições. Nem mesmo as dificuldades do dia a dia, os perigos da estrada e do clima tiram a alegria de colonos, motoristas e agricultores que, entre a vida no campo e na estrada, tiram o sustento de sua família e almejam dias melhores com fé e esperança. No dia 25 de julho é comemorado o Dia do Colono e do Motorista, e no dia 28 o Dia do Agricultor. As mãos que preparam e fecundam a terra, são as mesmas que relatam as dificuldades em plantar, colher e produzir os frutos.

Sandro Carraro é morador do Vale dos Vinhedos. Desde os 12 anos de idade aprendeu a lidar com parreiras e a plantar mantimentos para consumo da família. O produtor relata que as dificuldades são inúmeras, mas o prazer pela profissão é algo gratificante. “Nossa vida é um pouco sofrida, pois têm épocas em que a jornada de trabalho é extensa. Você inicia de manhã bem cedo e termina somente de noite, sem parar, principalmente em agosto, com a poda das parreiras. É algo que demanda muito tempo e trabalhamos com qualquer clima, faça chuva ou sol”, destaca. Além da produção de uva, que está sendo modernizada, ele ainda produz, para consumo próprio, feijão, frutas, legumes, verduras, além de animais como galinhas e suínos. “Eu e minha esposa trabalhamos e cuidamos do que é nosso. Plantamos e colhemos para nossa subsistência durante o ano, pois se comprarmos, será muito caro”, afirma.

Devoção ao santo dos motoristas há mais de 30 anos

Muitas estradas mal conservadas, falta de segurança, alguns dias longe da família e o risco de acidentes. Nem mesmo a lista com as dificuldades enfrentadas diariamente faz com que eles desistam da profissão. Nas mãos dos motoristas também está o sustento da família e da casa de muitos brasileiros. Mas alguns episódios ficam marcados para sempre na memória de determinadas pessoas que, com fé, agradecem a vida.

Um dos exemplos é do aposentado Claudio José Zanette, 71 anos. Ele não dirigia caminhão e nem trafegava diariamente por estradas, mas um acidente, na década de 80, o fez acreditar no Santo dos motoristas: São Cristóvão. Na época, ele era festeiro da comunidade São Cristóvão, no bairro Vila Nova e sofreu um acidente. “Estava voltando de Faria Lemos de um jogo de bocha. Quando cheguei a determinado ponto da estrada, que na época era de chão batido, um fusca vinha contra mão em minha direção. Coloquei o pé no freio para evitar a colisão, mas naquele momento subi um barranco e o carro capotou”, afirma.

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