A construção da ponte do Arroio Santa Bárbara, na ERS-431, está paralisada há pelo menos dois meses. Dessa vez o impasse envolve a retirada dos postes de luz da Rio Grande Energia (RGE), segundo informações do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). Ao longo de sete anos, a obra já foi adiada inúmeras vezes com a justificativa de falta de recursos por parte do Governo Estadual.

A RGE argumenta que o Daer contratou uma terceirizada para a realização do trabalho e que depende do pedido da contratada para desligar a rede elétrica. Porém, expõe que cabe à terceirizada realizar a troca dos postes.

Após o longo tempo de espera e de constantes adiamentos, a fixação das cabeceiras da ponte havia começado a ser realizada em janeiro, uma vez que a edificação foi erguida sem as mesmas, em 2010. O custo estimado é de R$ 600 mil à R$ 700 mil, além da pavimentação do trecho que deve ligar a estrutura à rodovia, que tem um custo previsto de R$ 400 mil.

Segundo informações do Daer, a empresa Ecopar está pronta para dar continuidade aos serviços e os recursos estão disponíveis para suprir as demandas. Para isso, é necessário que a RGE ajuste os postes de energia elétrica de acordo com a necessidade da obra. A empresa de energia elétrica informa que pretende dar prioridade para agendar o desligamento, visto a importância da obra.

Em entrevista ao Jornal Semanário no mês de janeiro o diretor-geral do Daer, Rogério Brasil Uberti, afirmou que a construção dos aterros para as cabeceiras estariam prontos até março. Porém, os planos não se concretizaram e um dos lados da ponte ainda permanece com um vão de pouco mais de um metro.

Além disso, o projeto teve de ser alterado, para a base das cabeceiras não ficarem dentro do rio, o que deixaria a estrutura mais exposta à ação da erosão. Em janeiro, a necessidade levantada pelo Daer consistia também no afastamento dos postes de energia elétrica da estrutura.

Há dois meses a construtora Ecopar afirmava que o órgão do estado não estaria realizando os repasses necessários para a obra. Segundo o Daer, os repasses estão em dia.

O Jornal Semanário tentou contato com a administração da Ecopar, mas até o fechamento desta edição não obteve resposta. O Daer também não confirmou a contratação de uma empresa terceirizada para a retirada dos postes.