Na quinta-feira, 25, foi comemorado o Dia do Soldado no Brasil. A data foi instituída como uma referência ao nascimento de Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, oficial que foi considerado o patrono do Exército Brasileiro. Muitos destes soldados possuem histórias de bravura, comprometimento e dedicação e para lembrar a data, algumas vivências são relatadas. Há cerca de um ano, diversos integrantes de Batalhões do Brasil iniciaram uma trajetória que mudaria suas vidas. Treinamentos, testes, instruções e palestras faziam parte de uma intensa preparação para uma bela missão: a de Paz no Haiti. Após dois meses de seu retorno, os participantes do 6º Batalhão de Comunicações relatam as mudanças em suas vidas. Os pelotões, em voos escalonados, embarcaram no dia 13 de novembro de 2015 e retornaram ao país no dia 26 de junho de 2016.

O 1º Tenente Eduardo Anesi comandava o Pelotão de Comunicações do Brapat 23 que era composto por 29 homens, 19 deles de Bento Gonçalves e outros 10 de outras unidades do Rio Grande do Sul. “Fomos para lá justamente com a missão de prestar esse apoio nas comunicações, de permitir que as tropas de infantaria e cavalaria conseguissem sair na rua e junto com os seus chefes coordenar patrulhas e operações”, relata.

Segundo ele, foram quase seis meses de treinamento, o que estendeu a missão em quase um ano, pois além deste período em preparação, foram outros sete em missão. “Fomos treinados, preparados, aperfeiçoados e submetidos a vários testes e todos foram válidos. Recebemos instruções, palestras e até mesmo vídeos do Haiti. Claro que chegando lá o choque é inevitável, pois chegamos a um país diferente, com outra cultura, uma localidade que vem se estruturando dentro de suas possibilidades”, lembra o Tenente. Para ele foi complicado chegar ao local e ter o choque cultural, tanto da maneira como as pessoas agem, como a situação de miséria em que vivem. “Você começa a repensar sobre como está levando a vida, mas com o tempo, querendo ou não, acaba se adaptando, pois vive aquilo diariamente e percebe que está fazendo alguma diferença para aquela população”, relata.

Já o Capitão Paulo Dumas Albert comenta que, apesar do treinamento nivelar bastante a capacidade dos participantes, a experiência é gratificante. “Somente ela vai garantir que o Batalhão continue mantendo o apoio e desenvolva as atividades que normalmente desenvolve. O Batalhão Brasileiro é composto por diferentes regiões do Brasil e existe também um rodízio de pessoal. O exército é muito grande, então temos a oportunidade de conhecer pessoas de diferentes lugares e também fazer diferentes atividades, como as diretas com as aviações de Bangladesh, por exemplo, e também a experiência de trabalhar com a ONU”, destaca.

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