A criação da guarda municipal como alternativa de resposta para combater o aumento recente da criminalidade está descartada. As autoridades reunidas na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) na quarta-feira, 21 de junho (saiba mais sobre a reunião abaixo) foram enfáticas: pelo menos a curto e médio prazo, o projeto da Guarda Municipal, aprovado em 2012, não irá sair do papel.

De acordo com o prefeito Guilherme Pasin, que esteve presente na reunião, a criação da Guarda Municipal não resolve o problema da segurança pública em Bento Gonçalves. Segundo ele, significaria, na verdade, tirar todo o aporte das forças de segurança e do policiamento ostensivo que hoje atuam na cidade e destiná-las para a guarda. “Não temos como fazer as duas coisas”, admitiu.

Vale lembrar que, quando foi candidato à prefeitura de Bento Gonçalves, em 2012, a implantação da Guarda Municipal foi uma das promessas de campanha para a população. O próprio prefeito admitiu que foi dissuadido da ideia da criação da guarda após colocar na balança os prós e os contras em relação ao tema.

“Temos de deixar na mão de quem tem real vocação para segurança”, declarou, citando a Brigada Militar e a Polícia Civil. O prefeito também voltou a falar que seguirá cobrando do governo do Estado o aumento do efetivo disponível para a região.

De 2013 até agora, a prefeitura de Bento Gonçalves investiu quase R$ 8 milhões de reais em segurança pública. O valor é destinado a compra e instalação de câmeras de monitoramento, iluminação pública, ao Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro), ao Fundo de Reaparelhamento do Corpo de Bombeiros (Fumrebom), além de despesas com efetivo.

Além disso, há o policiamento comunitário, que conta com oito núcleos da Brigada Militar e da Polícia Civil. O município conta, ainda, com 26 funcionários cedidos para atuar em órgãos de segurança pública, cuja verba destinada chega a R$ 670 mil ao ano.

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