A dor é companheira de Moacyr Pessalli, 57 anos, há mais de oito meses. O aposentado, que aguarda por uma cirurgia do Sistema Único de Saúde (SUS) para correção de um possível erro médico cometido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), precisa esperar, no mínimo, mais seis meses para que o problema seja solucionado. Isso porque nem o município nem o estado cumpriram com a determinação da Justiça de fornecerem a cirurgia para colocação de prótese total do quadril.

O Semanário acompanha a história de Pessalli desde fevereiro, quando a família entrou com pedido de intervenção na Defensoria Pública. O prazo que foi dado pelo Judiciário para que o procedimento fosse realizado não foi cumprido pelas duas instâncias. “O município precisava dar uma resposta até o dia 13 deste mês e o estado até 20. Como não foi resolvido, então o que precisamos fazer agora é pedir o bloqueio de valores das contas do Governo para então, a cirurgia ser paga particular”, comenta Luci, esposa de Pessalli.

A situação seria um pouco mais fácil para a família se eles não precisassem, para fazer o bloqueio de valores, conseguir três orçamentos particulares com médios especialistas no município. “Teríamos que pagar por três consultas, que custa, no mínimo R$ 250, para conseguir o papel dizendo quanto custaria a cirurgia. Isso é impossível, não temos esse dinheiro, ainda mais que cada vez que vamos à farmácia comprar os remédios do Moacyr gastamos quase R$ 300”, enfatiza Luci.

Sindicância interna

O Secretário de Saúde do município, Diogo Siqueira, em reportagem publicada no dia 22 de fevereiro garantiu que seria aberta uma sindicância interna para avaliação dos exames de Pessalli que foram realizados na UPA no dia de sua internação. Entretanto, quando questionado nesta semana sobre o andamento do processo administrativo, Siqueira garantiu que ainda não foi dado andamento para o caso, mas salientou que possivelmente não há erro médico e sim um equívoco por parte da família.

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