Apontado como um dos melhores formatos de segurança pública, o policiamento comunitário está perdendo sua identidade em Bento Gonçalves. Não por culpa de A ou B, mas pelo principal problema que afeta a Brigada Militar: a falta de efetivo. Mesmo que queiram, os policiais não conseguem fazer o mesmo trabalho que realizavam nas ruas quando o projeto iniciou em 2013.

A comunidade dos bairros e também do interior já sente a falta dos policiais, das viaturas passando nas ruas. Estes são fatores preponderantes para que a sensação de segurança se mantenha entre os moradores dos oito núcleos existentes no município. Além disso, o tráfego constante de viaturas inibe a ação da criminalidade.

Não estamos fazendo a teoria do caos, mas, assim como a comunidade não enxerga mais a atuação do policiamento comunitário, os bandidos também a percebem. Recentemente, foi acertado com a Prefeitura Municipal que mais 10 brigadianos irão atuar no projeto local, aumentando o número para 34. Porém, não são novos policiais que chegam no 3º BPAT, pois aumenta-se os PMs no projeto, mas o efetivo continua o mesmo.

Apesar de tudo isso, não são registrados aumentos consideráveis nos índices de criminalidade do município, graças, principalmente, a resposta rápida e atuante do BPAT. Infelizmente, a falta de efetivo faz com que algumas ocorrências policiais, como a acontecida no distrito de São Pedro, onde nove turistas foram feitos reféns, ganhem notoriedade e aumentem a sensação de insegurança.
Mesmo assim, não temos do que reclamar, pois contamos com um dos melhores grupamentos da Brigada Militar. E que continue sendo assim.