Aquilo que todos já sabem está comprovado em pesquisa e em números. Bento Gonçalves é realmente uma terra de pessoas abastadas e que têm uma boa condição de vida. A pesquisa que indica o poder de consumo do povo brasileiro mostra que mais de 80% de quem mora em Bento Gonçalves é considerado de classe média ou alta. São eles os responsáveis pelo giro de R$ 2,6 bilhões na economia do município.
Este dado estatístico coloca a Capital do Vinho como um dos 175 municípios com maior consumo no país. Levando em conta que temos mais de cinco mil cidades, este número é bastante significativo. Somos formados, na grande maioria, pela chamada classe B, onde somos proprietários de um imóvel e donos de um automóvel.
Pelos números, apenas 3,6% da população economicamente ativa pode ser considerada de classe D e E (baixa) em Bento Gonçalves. Então, isso quer dizer que somos todos ricos? Nada disso. Sinaliza que somos um município de gente trabalhadora, que luta para alcançar seus objetivos e ter seu patrimônio.
Hoje, que vai aos poucos bairros periféricos da cidade, vê que a maioria das casas tem em seus tetos uma antena de TV por assinatura. Há alguns anos, eram antenas parabólicas que, hoje, se tornaram quase obsoletas. O chamado “pobre” de Bento, consegue comprar até seu televisor de LCD para assistir aos jogos da Copa do Mundo. Quem realmente passa necessidades por aqui é uma minoria da população e, que mesmo assim, não pode se queixar da falta de oportunidades. Afinal, nossas empresas estão contratando pessoas sem experiência para preencher as vagas no mercado de trabalho.
Vivemos uma realidade diferenciada da maioria das cidades gaúchas. Bento Gonçalves hoje é dividida ao meio, quando colocamos na balança os nascidos aqui e os que vieram para cá. O “forasteiro” que vem para cá e quer realmente trabalhar, não sai mais daqui. Ele consegue ganhar salários acima do mercado e, além disso, vê a possibilidade de reconhecimento pelo bom trabalho realizado.
Por isso tudo, podemos, sim, considerar nossa cidade a terra do consumo. O trabalho da nossa gente faz com que possamos desfrutar de prazeres que outras comunidades queriam tanto ter. Conseguimos, aqui em Bento Gonçalves, aliar poder aquisitivo a qualidade de vida.
No Rio Grande do Sul, apenas 12 cidades têm um poder econômico maior que o da Capital do Vinho. Porém, nenhuma delas têm índices de violência tão baixos quanto o nosso. Continuamos sendo um município pequeno, mas com economia de cidade grande. Este diferencial faz com que Bento se mantenha tão atrativa para o pessoal de fora e tão querida por quem é nativo desta terra. Problemas, é óbvio, existem. Mas mesmo eles são infinitamente menores do que nas cidades que estão em nossa frente economicamente. Viva a terra do consumo, do trabalho e da prosperidade.