De murmúrios infundados a revelações bombásticas. Sem surpresas, o cenário político municipal foi o centro das atenções durante toda a semana. E não era pra menos. Forças opostas realizaram movimentos audaciosos em um campo de batalha até então sem domínio. De um lado, a poderosa máquina pública, com espaço, tempo e recurso a seu dispor. Com a associação de dois dos até então principais porta-vozes de seu recente rival, a atual administração revelou uma pequena parte do que poderá ser o bloco de apoio à reeleição de Guilherme Pasin ao cargo de líder do Executivo.

Com sustento de no mínimo quatro partidos, novos integrantes de peso e sua infalível base aliada no Legislativo, quem seria páreo a tamanha pujança? Pois bem, do outro lado, de forma tímida, porém estratégica, o andamento da semana trouxe surpresas à conjuntura. Dando um “banho de água fria” nos planos de muitos cabos eleitorais desavisados, o PMDB anunciou o rompimento da coligação com o PP, sigla da atual administração, juntamente com a confirmação de que o partido terá candidato próprio às eleições de 2016.

Como era de se esperar, o anúncio gerou rebuliço no meio político. Quem será o nome lançado e apoiado pelo partido? Chapa pura ou coligada? E o ex-prefeito Alcindo Gabrielli concorrerá? Quem será o vice de Pasin? Bom, para estas perguntas ficará incumbido ao tempo explicar. Entretanto, emergindo ao fundo da sala, de modo percebido apenas por olhos perspicazes, um terceiro partido, de cores alvi-rubro-negro, analisa discretamente a situação e avalia possibilidades de frente aos grandes da política municipal. Dizem por aí que a possibilidade de revivermos o ocorrido nas eleições estaduais, onde os favoritos caíram por terra é grande. Infelizmente, a confirmação disto também será o tempo que dirá.