A queda nas exportações do setor moveleiro pode ser um sinalizador de que é preciso buscar novos rumos e alternativas fora do país. Infelizmente, ou não, nossas indústrias ainda não investiram com força no quesito exportação. Por isso, o impacto não é tão grande no faturamento geral, que apresentou queda de apenas 3%, abaixo do previsto, que era de 3,8%.

Mesmo com a queda nas exportações, caso o dólar se mantenha no nível atual, as empresas brasileiras terão competitividade garantida, ainda que precisem reduzir preços de 5% a 15%, na moeda americana. Esta é uma afirmação de Daniel Lutz, presidente da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel). Para ele, um dos incentivos que movimentam as empresas rumo às exportações é o convênio Brazilian Furniture, parceria entre Abimóvel e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), uma solução real e efetiva que deve ser valorizada e procurada pelas empresas moveleiras como alternativas não apenas para a crise, mas para uma ampliação dos negócios com os Estados Unidos, que recebem 20% de toda a exportação moveleira.

Esta é uma constatação positiva para os empresários locais que precisam ousar mais e colocar o produto bento-gonçalvense com mais destaque no mercado americano. Outras alternativas como o México, país vizinho aos EUA, começam a ser vistas com bons olhos pelos empreendedores locais. Na América do Sul, o Peru se apresenta como uma válvula interessante para o escoamento da produção, com um crescimento de 68% no consumo de móveis fabricados na Capital do Vinho. Na área industrial, mesmo com toda a crise apresentada, as expectativas são de melhoras até o final do ano para o setor moveleiro.