Inovação precisa ser mesmo a palavra do ano. Necessitamos com urgência ter ideias novas e colocá-las em prática. A economia funciona como um ciclo. Se a agricultura vai bem, a indústria produz, o comércio vende, o supermercado vê os carrinhos cheios o resultado é automático. Todo mundo respira aliviado. Enquanto essa engrenagem não estiver afinada ficaremos esperando para ver o que acontece. Temos a sorte de estar numa cidade que empresários e lideranças já sabem que é preciso investir e buscam virar a página do ano complicado que foi 2015. Ainda vamos sentir o reflexo do segundo semestre do ano passado. As vagas ficaram escassas e o desemprego ficou à espreita. O desemprego que havia dado uma trégua por alguns anos está de volta. Esperamos que não seja por muito tempo. A torcida para que o país se estabilize é grande.

Para mudar não basta que só os empresários tentem encontrar soluções para a crise. Você veste a camiseta da sua empresa quando está empregado? Sai da cama e pensa em fazer o seu melhor? Não apenas para receber no final do mês – e sim, isso é muito importante – mas também para mostrar que você faz a diferença? Para deixar sua marca, propor soluções, trabalhar em equipe e tentar mudar? O desafio move o ser humano. E agora não pode nos faltar desafio e superação. Mesmo que tenhamos que tomar fôlego no meio do caminho, todo mundo pode fazer um pouco mais. Ser um pouco mais. Ser aquele jogador que faz a diferença. Sim, precisamos nos reinventar.

E, por falar em melhorar, sair da crise e olhar pra frente, o que está havendo na área da segurança? Falta investimento? Estamos ficando mais violentos? Uma praça não pode ser simplesmente um lugar de passagem e descanso? Sensação de insegurança amedronta e desconforta. Andar pelas ruas preocupado não é nada bom. Nessa semana um homem foi morto durante uma briga na praça Walter Galassi, num final de tarde que era para ser tranquilo. É difícil entender como de um lado temos a Via del Vino, que os turistas e moradores tanto gostam. Um local bonito e agradável para um passeio, uma parada para conversar com amigos ou admirar a paisagem. Basta andar um pouco, atravessar uma rua e o clima muda. Na Walter Galassi, que tem em seu entorno muitas instituições bancárias, mulheres reclamam do assédio de homens que ficam por ali, muitas vezes sob o efeito de álcool. Brigas também acontecem no local. Ruim para quem trabalha por lá ou simplesmente precisa passar pelo lugar. O ano recém começou. Ainda dá tempo de mudar.