Estamos vivendo a maior crise econômica que este país já viu. Como economista, estudei todos os momentos econômicos que nosso Brasil já viveu e afirmo que uma situação como esta nunca foi vista ou sentida por este povo sofrido de tantas promessas e pouca ação política.

Pouco se viu nos últimos 40 anos de melhoria significativa na saúde, na educação, na segurança pública, nas expectativas para nosso Brasil. Resolvemos a inflação que tanto nos travou na década de 80 mas não resolvemos a ferocidade com que os sucessivos governos aumentaram as arrecadações sem contribuir significativamente com a melhoria da qualidade de vida de nós brasileiros.

Como já disse e escrevi, Dilma passou dos limites. Passou dos limites nas mentiras nas eleições de 2014; passou dos limites nos sucessivos déficits públicos (2015 e 2016 previsto) maiores que R$ 200 bilhões; quando virou as costas para a maioria do povo brasileiro e do congresso nacional; quando empurrou goela abaixo de todos nós as parcerias com Cuba, Venezuela e Bolívia; quando incentivou certos setores em detrimento de outros; quando detonou as contas públicas ocasionando a elevação dos juros; nas pedaladas fiscais; quando não aceitou que estávamos em crise e não se mostrou uma líder capaz de conduzir os destinos dos brasileiros; quando tentou colocar Lula na Casa Civil para retirá-lo do juiz Moro. Acertou em algumas coisas, mas poucas. Está afastada como previ há um bom tempo.

Esta coluna teve, desde a primeira que escrevi, o condão de olhar para frente, de indicar caminhos. Portanto, não vou me deter no passado. As colunas anteriores já falam por si.
Agora vai?

Agora vai ser melhor pois o principal fator que precisamos é de confiança.
Agora vai se Temer construir confiança; se reequilibrar as contas públicas, principalmente com redução de gastos melhor que aumento de impostos; se conseguir conter a fúria dos militantes do PT; se conseguir reduzir a inflação que já dá sinal de baixa pela recessão que vivemos; se os empregos voltarem; se a políticas externas construírem condições de competitividade para as empresas nacionais; se iniciar a reforma da previdência e a trabalhista, reduzindo os rombos da primeira e flexibilizando a vida das empresas em suas relações entre empresários e colaboradores; se não for pego na lava-jato e der condições para que ela continue firme e forte; se manter os programas sociais; se investir melhor na saúde, na educação e na segurança; se combater mais a corrupção. Não dá para fazer tudo isto em 6 meses, nem em 2 anos mas tem que começar já.
Se o PT pensasse no Brasil e não em si próprio, pararia de falar em golpe, tanto aqui como no exterior, e dizendo aos quatro cantos, enfurecidamente, que vai fazer de tudo para que o novo governo dê errado. O governo Dilma já deu errado. Agora querem que continue dando errado. Mas que troço.
O futuro está nas nossas mãos, como sempre. As primeiras medidas de Temer já ajudam a criar uma melhor expectativa. Porém, não esperemos um salvador da pátria.
Nem “tchau querida”, nem “é golpe”. Chega. Precisamos de seriedade e trabalho. Pena que os políticos vivem em outro planeta. A palavra agora é BRASIL1SÓ.
Nós estamos cansados de pagar a conta.