Sim, mas creio que todos os brasileiros e até mesmo cidadãos do mundo todo, que estão recebendo essas notícias, gostariam de entender. O que não consigo entender é como e de que forma não só telefones celulares, carregadores de bateria, armas de fogo, facas, facões e outras coisas mais entram nos presídios, mesmo os tidos como de “segurança máxima”.

Quando qualquer cidadão quer viajar de avião, tem que colocar tudo – literalmente TUDO – numa caixa que passa por um Raio-X. Simples moedas e até o cinto deve ser retirado porque o dispositivo de acesso acusa a presença dele. O celular, então, nem se fala. Se é barrado na hora. E há locais de visitação pública que até a roupa toda deve ser tirada. Eu já passei por isso. Fiquei só de cuecas – todos os homens que queriam acessar eram obrigados a tirar tudo – e as mulheres só de calcinha e soutien (sutiã, professor Roni?). E quando se vai num banco? Bem, a maioria dos seguranças me conhece e entro sem problemas, apesar de que já entrei em bancos de outros municípios sem tirar nada. Mas, na semana passada, fui num banco local e entrei direto.

Logo depois saí para pegar documento que havia deixado no carro. Foram não mais de três minutos essa saída. Pois bem, quando retornei havia o mesmo segurança, acompanhado por uma mulher também uniformizada. Ambos estavam na porta quando saí, mas, mesmo assim, a zelosa mulher manteve a porta giratória trancada e exigiu que eu colocasse o celular e chaves no local ali existente. Fiquei emocionado! Saí como um cidadão “normal” e retornei, três minutos após, como um “possível suspeito”.

Não é uma maravilha entrar num banco e sentir-se “tão protegido” de assaltantes? Claro que estou ironizando, porque se querem assaltar um banco não o farão colocando o celular, chaves, revólveres, escopetas e metralhadoras no local indicado. Quem orienta esses seguranças deveria fazê-lo melhor. Escrevi tudo isso para mostrar o porquê de querer entender COMO os “arsenais do crime” entram nos presídios. O telefone celular, por exemplo, fora deles, dificilmente passa um dia sem que haja “problemas no sistema” (é forma que encontraram para dizer que “venderam mais linhas telefônicas do que as raras torres comportam”).

Mas, dentro dos presídios, sempre tem linha para a bandidagem comandar o crime. Pergunto, pois, a quem tem alguma explicação razoável para esse “fenômeno” que acontece nos presídios. Ah, sim, creio que todos os brasileiros também gostariam de saber por que, passados doze dias, o Estado ainda não retomou o comando dos presídios, notadamente o de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte. Até agora só se sabe que o CRIME é organizado. Os governos, NÃO. E é isso que gostaríamos, que precisamos entender. Ou então, deixem que a criminalidade tome conta dos governos também. Afinal, eles têm “organização”, não? O Brasil faliu, literalmente! E não se ouve absolutamente nada sobre mudanças na legislação que esteja em andamento. Portanto, nossa proteção deverá ser: Oremos, Irmãos!