Sempre busquei, neste espaço, olhar para frente e apontar caminhos pois entendo que falar do passado é fácil e poucos são os que se atrevem a arriscar com opiniões mais concretas para tentar construir um futuro melhor. Penso que você que nos acompanha aqui também gosta dista visão futura. Assim, vamos lá.

Alguns estudantes deste país fecharam escolas sob a bandeira da luta contra a redução dos investimentos em educação, segundo eles mesmos. Lutam contra a aprovação da PEC 241, aquela que corrige o orçamento da União do ano seguinte com base na inflação do ano anterior. Eu disse que esta medida do governo federal corrige o aumento do orçamento federal com base na inflação do ano anterior. Ser for 8%, AUMENTA 8%. Se for 10%, AUMENTA 10%.

Quem disse que haverá redução? Quem disse que educação e saúde vão ter cortes nos investimentos? Eu sei quem disse: alguns partidos da oposição ao governo federal. Por quê? Pelo simples fato de desestabilizar o governo. Inventam uma série de situações somente para que muitos os sigam e empunhem bandeiras nas ruas, seja onde for.

E a grande imprensa? Como a maioria desta não tem objetivo de esclarecer e debater os fatos mas sim, apenas propagar o que alguns dizem, sem nenhum fundo de análise, acabam divulgando e expandindo um noticiário que gera ibope, não se preocupando se isto constrói um país melhor ou não. Muitas pessoas não sabem nem porque estão ocupando escolas mas estão lá. E uma inverdade acaba tomando tal tamanho que quase acaba virando verdade.

Esta cultura de “não sei, mas sou contra” não deve prevalecer sobre a realidade.

Veja outro exemplo: o governador do estado do RS ( Sartori) encaminhou diversas medidas para conter o rombo nos gastos públicos nesta semana. Todos sabem que o governo do RS está quebrado, falido. Quem gerou este problema nas contas públicas? Foram os governos anteriores. Muitos deles. Mas quais foram as primeiras repercussões? Negativas, do contra. “Não li, mas sou contra” falou um deputado da oposição pois vai achatar os salários do funcionalismo, fechar instituições, privatizar. E quem disse que, por si só, estas medidas são negativas? Ninguém, mas já saíram dizendo “sou contra”. E a grande imprensa lá, divulgando e entrevistando pessoas “afetadas”, do contra.

Por que não foram entrevistar o povo que vai ser beneficiado com um estado mais enxuto, um estado mais positivo, um estado onde sobre dinheiro para investimento em segurança, educação e saúde? Claro, porque o povo não dá ibope e é mais fácil dizer que tudo está errado. Isto vira manchete.

Quem causou a crise atual neste país, nos estados e nos municípios? Os governantes.

Governos são péssimos gestores, já sei e já disse muitas vezes. Sei que não dá para confiar em muitos políticos (agora querem anistiar o caixa 2 lá em Brasília, corrupção, apto em Salvador, etc ). Mas não dá para sempre ser do contra. Sei que esta cultura do “sou do contra” está um tanto enraizada no Brasil mas você que segue esta coluna não precisa acreditar em tudo o que dizem pois, muitas vezes, o que dizem tem interesses e, não raras vezes, existem outras verdades que não são ditas.

“No lo sé, pero soy contra”. “Não sei, porém sou contra” tem que mudar. E a cultura corporativista e estatizante, que engessa o futuro, precisa acabar.
Pense nisso e sucesso.