Esse mês foi meu aniversário e mentalmente fiz uma lista do que aprendi até aqui. Então pensei: por que não colocar no papel? Vamos lá! Cada um carrega uma bagagem diferente e experiências que vão se acumulando. No meio do caminho é preciso parar e analisar para seguir em frente. Nem todo mundo precisa dessa parada. Porque as pessoas são diferentes. Tá aí um grande aprendizado.

A vida passa muito rápido. Num dia você vai dormir com 18 anos e no outro acorda com mais de 30. Assim mesmo! Como em um passe de mágica. Aos 18 eu tinha muitas certezas e objetivos. Mas eles mudaram no meio do caminho. Meu gosto musical é o mesmo. A paciência aumentou e a tolerância nem tanto. Tenho poucos amigos e muitos conhecidos. Se eu estivesse hoje na faculdade aprenderia muito mais. Gosto de jornalismo, mas acho que poderia ter pesquisado mais sobre outro cursos.

Não gosto muito de números e nem de cálculos. Prefiro escrever, mesmo sabendo que a Língua Portuguesa é complicada. Sempre tive medo de aranha e isso não mudou. Gosto do sol, mas uso protetor solar até em dia de chuva. Morar em cidades diferentes é uma experiência incrível e eu recomendo. Morar sozinha me fez aprender muitas coisas e ter responsabilidade. Casar vai além de amar: é aprender a respeitar o espaço e o tempo do outro. É dividir a vida com que se ama.

Adoro calçados e em especial os saltos. Mas uso muito mais sapatilhas. São bem mais confortáveis e para que sentir dor no pé? Voltei para o ballet depois de adulta e isso me fez descobrir que sempre há tempo para tudo. Descobri que meu perfil é apaziguador. Normalmente as pessoas acham que sou calma. Engano de todos. É só aparência. Sou bem ansiosa, mas já lido melhor com isso. Me aborreço por cinco minutos, depois passa. Aprendi a perdoar com mais facilidade. Jogos da Seleção não me chamam mais atenção. Gosto de seriados e cinema. Aprendi que as pessoas que amamos não são eternas e nem eu. A melhor coisa é aproveitar o dia como se fosse o último. Mas gosto de dormir e do silêncio.

Choro em casamentos, formaturas ou em qualquer celebração. Choro menos por tristeza. Já acreditei que o Brasil poderia ser melhor. Acreditei mesmo. Hoje sei que não viverei para ver um país seguro, digno, com educação e sem roubalheira. As músicas da Legião Urbana, que tocaram no final dos anos 80, valem para hoje. Isso é ruim. Porque voltamos alguns passos ou andamos em círculos por muito tempo. Mas política não é um bom tema para se terminar uma crônica. Ainda mais quando é sobre o que eu aprendi até agora. Hoje eu sei que tenho mais aprender. A bagagem não está completa e ainda tenho peças que serão trocadas. Ou quem sabe não.