Estamos já habituados a ouvir notícias e ver na televisão bancos do interior do Estado explodidos por bandidos. Eles interiorizaram suas ações tamanha é a facilidade com que podem levar a bom termos seus crimes. Pequenos municípios – muitos emancipados por exclusivo interesse próprio de deputados e “cidadãos de bem”, todos sem compromisso com o Estado e com o País – se transformaram em alvos da hora dessas quadrilhas que se proliferam como ratos. E eles, os bandidos, que para bobos não servem, sabem muito bem que a segurança pública há muito tempo deixou de ser prioridade. Nossos políticos dos poderes executivos e dos legislativos estão dormindo sobre legislações antiquadas, permissivas, dúbias, superadas, ridículas, que só concedem benefícios aos malfeitores. Até o mais imbecil dos brasileiros sabe que nossas leis precisam ser mudadas, há mais de 30 anos. Mas, eles, os “representantes do povo”, que tiveram a coragem, o peito, a desfaçatez de elaborar uma constituição fajuta em 1988 e, não satisfeitos pela bela “m” que fizeram, ainda a chamaram de “constituição cidadã”, parece viverem num mundo irreal, de fantasia, só deles, e ignoram o clamor da população por um dos mais basilares direitos de qualquer cidadão: A SUA SEGURANÇA. Hoje ninguém mais sai de casa para qualquer atividade externa, seja de trabalho ou lazer, sem medo de ser assaltado, roubado, agredido, vilipendiado por essa gente que segue leve, livre e solta. O poder judiciário, não raramente acusado de “soltar bandidos”, se vê de sem condições de aplicar até mesmo essa pífia legislação que lhe foi colocada à disposição. Na prática, o que o poder judiciário tem para ajudar a colocar um basta nisso tudo? Quase nada! Além de uma legislação deficiente e protecionista – para a bandidagem -, há o crasso problema da falta de presídios. Sim, não se pode falar em “falta de vagas”, mas falta de local onde possam ser encarcerados aqueles que cometem delitos. Pior ainda, não temos cárceres nos quais possam ser alojados os presos de acordo com o potencial de seus crimes. A promiscuidade existente faz com que presidiários que poderiam ser recuperados e reintegrados à sociedade acabem se tornando perigosos delinquentes pelo convívio com os mais terríveis criminosos. Confesso que, ingenuamente, pensei que só por aqui as detonações de agências bancárias aconteciam, mas eis que isso é comum em todo o Brasil. Por quê? Simples: porque não há policiamento, armamento, viaturas e equipamentos suficientes para esse combate e, claro, não há locais para prender criminosos. É por isso tudo que tem tanta gente favorável aos grupos de extermínio e tanta gente que diz que “bandido bom é bandido morto”. O Brasil foi transformado em “terra de ninguém”, onde o crime organizado e, mesmo, o desorganizado está dando as cartas e jogando de mão. Até quando a insegurança pública continuará? Quem sobreviver, verá!