Você que acompanha esta coluna sabe que, neste país, fazer previsões econômicas é difícil e poucos se atrevem diante das situações e reviravoltas que acontecem por aqui. Fazer previsões e acertar é coisa para poucos. Muito poucos.

Em 11 de junho do ano passado previ e afirmei que 2016 seria o fundo do poço. “Afirmo que este ano de 2016 é o fundo do poço”, escrevi. Estávamos em meio a pior crise que este país já viu, Dilma ainda era Presidente e muitos renomados do centro do país nem sequer ousavam em falar algo depois da Dilma. Eu mesmo recebi alguns e-mails ou comentários no Facebook dizendo que era cedo para fazer aquela afirmação e que “fundo do poço não existe”. Mas, minha última frase daquela coluna foi “acredito firmemente que este ano chegamos ao fundo do poço e não tem um alçapão”.

Bem, em 20 de agosto novamente afirmei que “estamos saindo do atoleiro” pois identifiquei movimentos na economia brasileira que tenderiam a realmente comprovar minha tese como tendência de juros futuros menores, confiança aumentando tanto do empresário como do consumidor, os preços caindo, as vendas do comércio em movimento positivo, porém ainda com o desemprego aumentando e o rendimento salarial ainda problemático.

Fui mais longe, na tradicional coluna das previsões para o ano seguinte, no dia 10 de dezembro, previ que o PIB cresceria, máximo em torno de 1%; que o consumo iria aumentar; que a inflação tenderia a baixar; que a taxa de juros Selic também baixaria; entre outras. Terminei dizendo que o ano de 2017 já representaria o início de uma recuperação lenta. “O fundo do poço é 2016”. Afirmei, também, que não esperar pelos governos é sempre a melhor saída e que uma recuperação lenta vai iniciar. Tudo isto agora está ficando visível.

Poderia parar por aí. Só que não. Escrevi em 14 de janeiro último que AGORA VAI. Comentei que os juros estavam realmente baixando motivados por uma inflação bem menor e pedi que o Banco Central aumentasse a velocidade de redução de juros para melhorar ainda mais.

Pois bem. Não é que a Revista EXAME saiu com esta capa nesta semana: