A evolução da viticultura no Rio Grande do Sul e na nossa região se deu com uma trajetória de árduos caminhos…

O cultivo da parreira, desde os fins do século passado até nossos dias, desenvolveu-se passo a passo com o crescimento demográfico e com as correntes migratórias.

Os sul-riograndenses, de descendência lusitana, afeiçoados à pecuária e por elas absorvidos, salvo raras exceções, dedicaram-se à lavoura e pouco lhes despertava a cultura da videira e a produção do vinho.

As imigrações que se aproveitaram da viticultura para exercê-la como indústria rural, foram a francesa do município de Pelotas; a suíça e a alemã nas colônias de São Leopoldo, São Lourenço do Sul, Caí, Santa Cruz do Sul e Estrela; a portuguesa em Rio Grande e a italiana na região da serra rio-grandense: Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Garibaldi, Flores da Cunha, Farroupilha (depois outros municípios desmembrados) e em menor escala, a Colônia Silveira Martins, próxima a Santa Maria.

Sem a menor dúvida, a grande expansão vitícola do Rio Grande do Sul de deve à gente itálica que começou a imigrar para a nossa região em 1875 e que, com sucessivas vindas e seus descendentes para outros territórios em busca de terras novas, levou e estendeu a viticultura às demais regiões agrícolas do estado.
No início do século, a vitivinicultura gaúcha encontrava-se no período de sua infância. A deficiência e a escassez das vias de comunicação impediam o transporte e dificultavam a intensificação de qualquer atividade agrícola e industrial.

As operações comerciais haviam a pouco substituído o processo de mercadoria pelo pagamento em dinheiro. O agricultor, além de cultivo dos cereais e dos grãos leguminosos, destinava o milho à produção da banha de porco e cuidava de seu modesto vinhedo, transformando a uva em vinho num acanhado compartimento de sua moradia, que ainda não podia ser denominada cantina.

Em 1898, Júlio de Castilhos criou a Estação Agronômica Experimental do Rio Grande do Sul.

Já em fins do século passado, inicia-se o comércio intermunicipal do vinho que é levado por cargueiros para Montenegro e São Sebastião do Caí, em barris, e de lá pela Viação Fluvial à capital do estado, onde conseguiram remetê-lo para São Paulo, graças a dois grandes pioneiros: Antônio Pieruccini e Abramo Eberle. Eles atravessaram com coragem de bandeirantes as densas matas que nessa época revestiam a região setentrional rio-grandense e os demais estados…

“HOJE, A NOSSA REGIÃO SE REVESTE DE COMEMORAÇÕES PARA CELEBRAR O SUCESSO DE UMA CULTURA…, O MAIOR PATRIMÔNIO DA NOSSA TERRA…”
PARABÉNS A TODOS NÓS