Você já se questionou se está somando mais pontos contra do que a favor na busca pela longevidade? Por isso mesmo, um estudo divulgado em 2013 elencou uma série de fatores que podem aumentar as chances de morte nos próximos 10 anos. De acordo com os pesquisadores, quanto mais deles constarem em sua lista, maiores são as chances de ter a vida encurtada, pois cada um acrescenta pontos às estatísticas.

Tabagismo

Pois é, o cigarro não poderia faltar nessa lista. O tabagismo é fator de risco para doenças como infarto, derrame, câncer, entre outras. Nosso corpo tem uma reserva de energia que acumulamos até os 35 anos e depois começa a ser gasta. Fumar cria problemas que, para serem resolvidos, exigem um consumo de energia. Isso demanda um movimento ativo do seu corpo, que não vai sobrar depois.

Tanto que os danos do cigarro para a saúde só são realmente zerados se o indivíduo parar antes dos 30 anos. Após isso, existe sempre prejuízo em relação aos que nunca fumaram, mas é menor do que se a pessoa continuar a fumar. Até porque, sempre fica algum dano nos pulmões ou no coração, causados pelo mau-hábito, e por mais que a genética influencie na saúde também, 80% das causas de doenças são creditadas ao estilo de vida que a pessoa cria para si mesma.

Idade, ela pesa

Infelizmente, essa não dá para evitar, o tempo traz mudanças implacáveis no nosso organismo. O envelhecimento é um fato, as células envelhecem, elas são datadas a viver 120 anos no máximo. O processo de envelhecimento celular ajuda a desencadear diversos problemas, afinal as artérias e o cérebro, entre outras estruturas, também ficam mais velhos e perdem funções.

Além disso, as deficiências que o nosso corpo vai adquirindo com a idade, como reparação dos tecidos e de combate a infecções e câncer, podem mascarar outros problemas de saúde. Muitas doenças são diagnosticadas mais tardiamente, pois muitos sintomas são confundidos como processos relacionados ao envelhecimento e, quando a doença de base é diagnosticada, ela já se encontra mais avançada.

Câncer

O câncer também drena energia do corpo, que poderia estar sendo enviada para outros processos metabólicos. O tumor promove perda importante de massa muscular e óssea, ainda que determinada a cura. Além disso, libera substâncias na circulação que inibem o apetite, agravando o estado de desnutrição. O tratamento também é arriscado, afinal a quimio ou a radioterapia acabam afetando não só as células cancerígenas, como também as normais.

De acordo com o estudo, quem já teve câncer tem muito mais chances de reapresentar a doença. A pessoa apresenta um defeito de uma proteína que controla as mutações genéticas na célula, a chamada P-53, que por mais que o tumor seja erradicado, o problema continua.

Diabetes

Nesse quadro há alta taxa de açúcar no sangue, já que a insulina, hormônio que leva a glicose para dentro das células, está em falta ou não funciona mais tão bem. Isso danifica o corpo todo. O excesso de glicose eleva a parede da artéria e produz os chamados produtos avançados glicosilados, que são tóxicos e enrijecem as artérias e favorecem o aparecimento de placas de colesterol. Isso causa danos em diversas estruturas do organismo, como o cérebro, o coração e os rins.

Doenças cardiovasculares

Já as doenças cardiovasculares, que podem ser consequentes da diabetes ou não, representam a maior causa de mortes no Brasil, cerca de 800 mil pessoas ao ano. A doença cardiovascular promove obstrução da parede dos vasos, que, quando mais severa, leva a falta de circulação e morte das células que são irrigadas por esta artéria. Sendo assim, já ter tido alguma falência cardíaca e ter diabetes adiciona outros dois pontos negativos a lista.

Dificuldades ao lidar com as finanças

Depois de tantos problemas de saúde, parece estranho ver um fator do dia a dia nessa lista. Mas se uma pessoa que lidava bem com seu dinheiro começa a ter dificuldades nessa tarefa, ainda mais com o passar do tempo, isso só pode significar algum problema cognitivo, que tende a se agravar no futuro e até se manifestar na forma de doenças como o Alzheimer. Esse é um sinal, uma ponta de iceberg. Ao aplicar um teste cognitivo numa dessas pessoas, percebe-se muitos outros aspectos, como falhas de memória, que a pessoa consegue disfarçar no dia a dia.

Esses males da mente podem se relacionar de diversas formas a comprometimento da expectativa de vida. Pessoas com distúrbios cognitivos e de comportamento estão mais sujeitas a acidentes de toda espécie. Em alguns casos elas se tornam muito dependentes dos familiares, que se não tiverem boa estrutura psicológica acabam abandonando o idoso, que fica mais sujeito a desidratação, desnutrição e piora de seu cuidado higiênico.

Fonte: minhavida.com.br